31 agosto 2006

Garfield & Company II

Verdade


O coração parou
na eternidade do tempo.
A mente viajou
no universo da memória.
A luz de uma estrela brilhou no céu
Qual Super Nova
Numa explosão fascinante e cruel.

Assim surgiu a verdade
que se tomou de um solvo só.
A alma estremeceu e fechou-se
O tempo passou
As palavras desapareceram
Os gestos paralisaram
O tempo deixou de existir.

E chorei.
Chorei espiritualmente contigo
naquela inesquecível tarde de Verão.

29 agosto 2006

Cave Spring

É comum dizer-se que estamos constantemente a aprender. E é bem verdade.
Talvez a forma mais “impressionante” de o fazer é fugindo do mundo que conhecemos, percebendo muitas vezes que afinal há coisas que não são "nem bem assim nem bem assado".
Então na minha mais recente viagem ao “lado de lá” do Oceano Atlântico descobri que os vinhos que por lá se fazem (pelo menos alguns), são dos mais sofisticados e suaves no paladar que alguma vez tive a oportunidade de experimentar.
Pensava eu que já tinha provado bons vinhos… depois de provar Cave Spring… a minha opinião mudou (muito provavelmente) para sempre.
Foi numa pequena vila Canadiana de nome Jordan que pertence à península do Niagara que descobri essa pequena verdade.
Esta península é repleta de vinhas, e é uma das regiões norte-americanas onde também se cultiva o mundialmente famoso “Icewine”, produto de uvas que são recolhidas congeladas pelo frio do Inverno que por lá se sente mesmo bem.
Mas que não pareça que tenho qualquer pretensão de saber o que quer que seja de enologia.
Apenas deixo aqui uma referência pessoal e o site para quem quiser consultar.

E se um dia tiverem a oportunidade de experimentar um “Cave Spring Sauvignon Blanc” ou então um “Cave Spring Chardonnay” … depois digam-me o que acharam.

http://www.cavespringcellars.com/

Listen To The Body

“(…) From very early childhood we have been distracted from the body, we have been taken away from the body. The child is crying because he is hungry and the mother is looking at the clock because the doctor says that only after three hours is the child to be given milk. She is not looking at the child. The child is the real clock to look at, but she goes on looking at the clock. The child is crying and asking for food, and the child needs food right now. If he is not given food right now she will distract him from the body. Instead of giving him food the mother gives him a toy. She is giving something false, plastic, and she’s trying to distract and destroy her child’s sensitivity to his body. The wisdom of the body is not allowed to have its say; the mind enters in instead. The child is silenced and falls asleep. Now the clock says three hours are over and she has to give the milk to the child. But now the child is fast asleep, and his body is sleeping; she wakes him up, because the doctor says the milk has to be given now. Again she destroys the baby’s rhythm. Slowly, slowly, she disturbs his whole being. He does not know what his body wants – he does not know whether his body wants to eat or not. Everything is manipulated by something from the outside.(…)”
Osho in “Body Mind Balancing – Using Your Mind to Heal Your Body

28 agosto 2006

Rotas & Destinos - O Tesouro Encontrado

Foi com muito prazer e orgulho que li esta reportagem originária da revista sobre viagens "Rotas e Destinos".

Poderão ver a versão integral em:

De qualquer forma, não poderia deixar de transcrever uma parte do texto que me pareceu muito interessante:
"As ilhas do Pico, Flores, São Jorge e São Miguel, apesar das praias rochosas e do mar batido, garantem uma estadia tranquila nos Açores, em estreito contacto com o mundo selvagem. Entregues aos caprichos e força da Natureza, podem parecer-nos algo remotas, mas são belas como o sonho do paraíso.

Nas Flores é a Natureza quem tem a primeira palavra. Compreendemo-lo logo no primeiro dia, quando a velocidade a que seguíamos foi contida pela possibilidade de encontros fatais com bovinos fugidos das pastagens; pelas centenas de coelhos suicidas que se atravessaram na estrada, e pelo mood instável dos céus, que ora se abriam para nos iluminar o caminho, ora se abatiam sobre nós sob a forma de um espesso manto de nevoeiro.

(...)

Os dias nas Flores passam-se em contacto com o mundo natural e selvagem. As caminhadas são pretexto para jornadas de regeneração pulmonar, provavelmente solitárias e silenciosas – a vantagem de se partilhar uma ilha com menos de cinco mil habitantes. No percurso que experimentámos entre Ponta Delgada e a Ponta da Fajã apenas uma cabra e um cagarro se atravessaram no caminho. Ou nós no deles. Por toda a parte o chilrear dos melros pretos, o perfume dos incensos e do mar – de um azul tão intenso que quase fere olhar – embriagavam-nos os sentidos. Compreendemos, então, o sorriso de felicidade estafada das holandesas que encontrámos no dia anterior, e que, após meia dúzia de horas a suar por trilhos íngremes, anunciavam o desejo de repetir a dose assim que as pernas o permitissem. Deixando terra firme, não falta, igualmente, que fazer. O mergulho é bastante procurado, pois pode ser feito a diferentes profundidades: em baixios, nas grutas ou na baía. Permite apreciar desde os peixes sedentários dos Açores como meros, bodiões, vejas e moreias, aos migratórios, de que são exemplo as serras, albacoras, lírios e bicudas. Está-se em pleno Atlântico, mas as águas rondam os 20ºC e a visibilidade os 30 metros! Menos radical, mas não menos interessante é a volta à ilha de barco. As grutas são os atractivos mais cobiçados – a dos Enxaréus, conta-se, servia de refúgio aos corsários no século XVI – mas o simples convívio com a brisa marítima e com os bandos de garajaus seria pretexto mais que válido para enfrentar o mar. "

(...)



25 agosto 2006

Gay Pride?!?

A espada e o espírito

Numa época em que a guerra e a injustiça humana nos assaltam todos os dias pela televisão, ou então e de uma forma muito directa a vida de muitos inocentes, reflectir sobre esta frase de Napoleão Bonaparte ainda nos traz um fio de esperança:

"Só há dois poderes no mundo: o da espada e o do espírito.
A longo prazo, o espírito derrota sempre a espada."

14 agosto 2006

Flowers

Flowers are like memories
They come and go
They are pretty in the summer
And die at the end of the season

Memories also die
Memories also go

But just like flowers
They mark you

By their scent
By their colour
By their texture

They are just like memories

But some are kept kindly deep in your heart
Like my little island
Called FLOWERS.

I can be far
But I can never let go…

11 agosto 2006

Scents, Colours & Company III



07 agosto 2006

O Sonho e o Tempo

Acordo pela manhã e absorvo a luz do sol
que me aquece a alma.
Cheiro intensamente a maresia.
Olho à minha volta e observo o verde
que nasce sempre todos os dias.
Perscruto a alma e sinto-a feliz.
Ou não será a felicidade
Um puro estado de alma?
Puro é o verde, o sol e o mar.
A fauna e a flora.
A Natureza na sua essência.
E nessa união profunda encontramos felicidade.
De que servem as agruras, os trabalhos e os obstáculos,
Quando não sabemos simplesmente
olhar o que nos rodeia todos os dias?
A vida é feita de momentos grandes e pequenos.
E tal como na Natureza.
Tantas vezes se vive como se morre.
Tantas vezes se delicia o presente
Como se sofre o destino a seguir.
Mas há que continuar caminho.
Continuar a viver e a sonhar
Sonhar o possível e o impossível.
O mistério e a verdade mais absoluta.
E de vez em quando parar, olhar o passado
e perceber que vale sempre cada minuto.
Porque o tempo não existe
Tal como está escrito e contado.
O tempo é uma projecção, que se faz e desfaz.
Tal como se soma e subtrai numa conta infinita.
O tempo faz-se vivendo.