28 setembro 2006
20 setembro 2006
Mar
O mar.
O mar que nos cerca, que nos envolve, que nos odeia e que nos ama, que nos assalta e que nos acalma, numa eterna trama de romantismo naturalista.
Assim te conheci, qual onda gigante aparecida sem aviso.
O mar que nos cerca, que nos envolve, que nos odeia e que nos ama, que nos assalta e que nos acalma, numa eterna trama de romantismo naturalista.
Assim te conheci, qual onda gigante aparecida sem aviso.
Chegaste numa manhã de azul celestial, uma manhã de verão, fresco e subtil, cheirando a maresia.
Trazias contigo a paz da água cristalina e a ferocidade do mar zangado.
Inesquecível o começo daquele dia.
E agora, diante do mar me encontro, junto de ti, longe de tudo.
Porque é no longe que se encontra aquilo que temos de mais próximo: nós mesmos. E o mar ajuda-nos nesse encontro íntimo… o mar é o amigo inseparável, o confidente inigualável, o eterno ouvinte.
Não são precisas palavras ou gestos. Apenas um olhar, um pensamento.
E assim como as ondas vão e vêm na eternidade do tempo, assim são os laços que me prendem a ti, nesta pequena ilha de mar.
Inesquecível o começo daquele dia.
E agora, diante do mar me encontro, junto de ti, longe de tudo.
Porque é no longe que se encontra aquilo que temos de mais próximo: nós mesmos. E o mar ajuda-nos nesse encontro íntimo… o mar é o amigo inseparável, o confidente inigualável, o eterno ouvinte.
Não são precisas palavras ou gestos. Apenas um olhar, um pensamento.
E assim como as ondas vão e vêm na eternidade do tempo, assim são os laços que me prendem a ti, nesta pequena ilha de mar.
19 setembro 2006
Estação
Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho
Muita vez vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere.
Talvez apareça
Mário Cesariny
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho
Muita vez vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere.
Talvez apareça
Mário Cesariny
17 setembro 2006
14 setembro 2006
13 setembro 2006
A Felicidade Exige Valentia
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte
11 setembro 2006
08 setembro 2006
07 setembro 2006
Contemplação
Ansioso
contemplou o mundo
à dimensão do seu olhar.
Encheu os pulmões.
Ergueu-se
e começou a caminhar.
Percorreu todas as montanhas,
todos os vales,
todos os lugares.
Aprendeu todas as línguas.
Conheceu o perfume
de todas as terras
e de todos os mares.
E quando já mais nada
lhe restava conhecer.
Velho e cansado parou
para perceber que conhecera o mundo inteiro,
mas não conhecia o mundo imenso
que existia dentro de si.
06 setembro 2006
05 setembro 2006
SAW I e II
Entrando um pouco na onda do terror….
Diga-se o que se disser é este tipo de cinema que nos mexe com o sistema nervoso e nos põe paralisados em frente ao ecrã a “roer as unhas”...
Um bom filme de terror é sem dúvida alguma SAW.
Diga-se o que se disser é este tipo de cinema que nos mexe com o sistema nervoso e nos põe paralisados em frente ao ecrã a “roer as unhas”...
Um bom filme de terror é sem dúvida alguma SAW.
E a sequela SAW II não fica atrás, antes pelo contrário.
O melhor filme de terror que tive oportunidade de ver até hoje.
Desde já devo dizer que é preciso gostar de terror para puder ver um filme destes… garanto-vos que há cenas que vão fazer arrepiar.
Em suma a premissa deste filme é "O que farias para te manter vivo?”
“O que fizeste de mal na tua vida para que tenhas que lutar por ela com todas as tuas forças só para que possas voltar atrás?”
O filme é visceral, psicadélico, sádico e sangrento, mas não deixa de nos dar uma valente lição de “moral”… ainda que bem distorcida da realidade que conhecemos.
VEJAM. VALE MESMO A PENA.
O melhor filme de terror que tive oportunidade de ver até hoje.
Desde já devo dizer que é preciso gostar de terror para puder ver um filme destes… garanto-vos que há cenas que vão fazer arrepiar.
Em suma a premissa deste filme é "O que farias para te manter vivo?”
“O que fizeste de mal na tua vida para que tenhas que lutar por ela com todas as tuas forças só para que possas voltar atrás?”
O filme é visceral, psicadélico, sádico e sangrento, mas não deixa de nos dar uma valente lição de “moral”… ainda que bem distorcida da realidade que conhecemos.
VEJAM. VALE MESMO A PENA.
A Vida deve Ser um Sonho
Tudo quanto de desagradável nos sucede na vida - figuras ridículas que fazemos, maus gestos que temos, lapsos em que caímos de qualquer das virtudes - deve ser considerado como meros acidentes externos, impotentes para atingir a substância da alma. Tenhamo-los como dores de dentes, ou calos, da vida, coisas que nos incomodam mas são externas ainda que nossas, ou que só tem que supor a nossa existência orgânica ou que preocupar-se o que há de vital em nós.Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos oq ue em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso o nosso inimigo.Disse Horácio, falando do varão justo, que ficaria impávido ainda que em torno dele ruísse o mundo. A imagem é absurda, justo o seu sentido. Ainda que em torno de nós rua o que fingimos que somos, porque coexistimos, devemos ficar impávidos - não porque sejamos justos, mas porque somos nós, e sermos nós é nada ter que ver com essas coisas externas que ruem, ainda que ruam sobre o que para elas somos.A vida deve ser, para os melhores, um sonho que se recusa a confrontos.
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
04 setembro 2006
Ilha Encantada
É sempre bom ver um pouco da minha ilha numa foto assim…
Há Açorianos que sabem e sentem bem o que os une…
Vai para além do mar e das ilhas, é a existência partilhada dos que vivem em cada um destes 9 ilhéus.
Há Açorianos que sabem e sentem bem o que os une…
Vai para além do mar e das ilhas, é a existência partilhada dos que vivem em cada um destes 9 ilhéus.
E o mais fascinante é que embora dispersos pelo Oceano Atlântico, estão mais próximos que as aldeias que se seguem numa terra sem fim…
Aqui fica o testemunho do fotógrafo açoriano Carlos Vieira, numa foto espectacular das Lagoas Funda e Rasa.
Ao fotógrafo os meus parabéns e o meu obrigado por alimentar um pouco mais este meu “ego florentino” já cheio de boas e inesquecíveis imagens e recordações.
Apenas posso dizer aos outros que também gostam de fotografia que venham conhecer através dos vossos próprios olhos e objectivas, as belezas escondidas nesta ilha encantada.
Aqui fica o testemunho do fotógrafo açoriano Carlos Vieira, numa foto espectacular das Lagoas Funda e Rasa.
Ao fotógrafo os meus parabéns e o meu obrigado por alimentar um pouco mais este meu “ego florentino” já cheio de boas e inesquecíveis imagens e recordações.
Apenas posso dizer aos outros que também gostam de fotografia que venham conhecer através dos vossos próprios olhos e objectivas, as belezas escondidas nesta ilha encantada.
01 setembro 2006
São Meus Estes Rios
São meus estes rios
que buscam caminho
rastejando entre luar e silêncio,
sombra e madrugada,
até ao seu fim marítimo.
A minha alma está neles,
líquida e sonora
como a água entre o quissange das pedras,
o anoitecer nas fontes.
Tenho rios vermelhos e quentes
na minha dimensão física,
rios remotos, remotos como eu.
Manuel Lima