30 maio 2006

STOP!


Just as you have the impulse to do something, stop.

You can try it anywhere. You are taking your bath ― suddenly order yourself to "Stop!" and stop. Even if it is only for a single moment, you will feel a different phenomenon happening within you. You are thrown to the center and suddenly everything stops ― not only the body. When the body stops totally, your mind stops also.

When you say, "Stop!" do not breathe then. Let everything stop...no breathing, no body movement. For a single moment remain in this stop, and you will feel you have penetrated suddenly, at rocket speed, to the center. And even a glimpse is miraculous, revolutionary. It changes you, and by and by you can have more clear glimpses of the center. That is why inactivity is not to be practiced. Use it suddenly, when you are unaware.

For example, you were going to drink a glass of water. You have touched the water, the glass ― suddenly stop. Let the hand be there, let the desire to drink, the thirst be there inside, but you stop completely. The glass is outside, the thirst is inside; the hand is on the glass, the eyes are on the glass ― stop suddenly. No breathing, no movement, as if you have become dead. The very impulse, the thirst, will release energy, and that energy is used for going to the center. You will be thrown to the center. Why? Because any impulse is a movement outward. Energy is always in movement ― either going out or coming in. Energy can never be static.

Remember three things.... One, try it only when a real impulse is there. Secondly, do not think about stopping, just stop. And thirdly, wait! When you have stopped, no breathing, no movement ― wait and see what happens.

When I say stop, it means stop totally, fully. Nothing is moving, as if the whole time has stopped. There is no movement ― simply you are! In that simple existence, suddenly the center explodes.

Osho: Excerpted from The Book of Secrets

29 maio 2006

O Melhor de Dois Mundos

Hoje vou permitir-me um rasgo de crítica política (embora goste bem pouco dela) e reflectir um pouco sobre a burocracia desta país. É bem conhecida por todos nós, onde a maior parte das vezes os funcionários públicos acabam sempre na berlinda, mas depois, quando a crise aperta, estão lá eles, na linha da frente do campo de batalha, para apanhar com as medidas de “fundo” (e “para o fundo”) do Estado.
A razão desta reflexão foi inspirada por um habitante desta ilha de há vários anos, estrangeiro, que dias atrás reclamou da excessiva burocracia deste país e desta ilha em tratar de simples documentos.
Primeiro que tudo, acho que o problema da burocracia, é um problema de sistema público, que nada tem a ver com os seus funcionários (que era outro assunto a debater mas que penso nada ter a ver com a base desta questão) ou com o sítio onde nos encontramos, mas com um problema de fundo que é “Como funciona o sistema público deste país”. Toda a gente saberá com certeza, que quando se quer uma coisa, um documento precede outro, que por sua vez implica outro e por aí fora… até que se completa o processo e o cidadão lá vai descansado para sua casa, até perceber depois que afinal o processo ficou parado em qualquer lugar porque até faltava mais qualquer coisa…
Enfim, não é nada agradável.
Mas a razão pela qual faço esta reflexão, não é para chegar à conclusão que todos nós já conhecemos:
Que nem o SIMPLEX resolve o que de mal este sistema público português tem.

A conclusão é bem diferente:
NÃO PODEMOS TER O MELHOR DE DOIS MUNDOS.
E neste caso falo muito particularmente da ILHA DAS FLORES. Sim, porque acho que qualquer cidadão estrangeiro que venha morar para esta ILHA, por livre e espontânea vontade, porque gosta e porque quer cá ficar, não pode nem deve criticar a burocracia de um sistema público porque ao fim e ao cabo, é a conta que terão de pagar por usufruir de uma ilha como esta, ÚNICA na sua essência, forte na sua energia, inesquecível para quem por ela se deixa apaixonar.

Costuma-se dizer que tudo na vida tem um preço: o nosso, de habitantes da ilha das Flores, é, penso eu, muito pequeno, comparado com o que realmente podemos ganhar em troca, gratuitamente, sem impostos nem emolumentos. E já nem falo em comodismos, em isolamento… penso que isso existe cada vez menos. Há 20 anos atrás poderíamos dizer que vivíamos ISOLADOS do mundo. Agora, com todas as novas tecnologias de que dispomos, penso que não podemos dizer o mesmo.

Em conclusão: TEMOS UM MUNDO BEM MELHOR QUE A MAIOR PARTE DOS HABITANTES DESTE PAÍS, POR ISSO, APROVEITEM!!!

26 maio 2006

Filmes em versão de 30 segundos

Tenho estes links guardados há imenso tempo. (Já actualizei com outros filmes mais recentes)
São absolutamente hilariantes!
Afinal... de que vale ver um filme de 3 horas quando se pode ver um desenho animado com uns coelhinhos bem mais engraçados e com a história contada em apenas alguns segundos??!!
É o máximo.
Confirmem vocês mesmos:
King Kong:
Brokeback Mountain:
Titanic
O Exorcista
Alien

25 maio 2006

Os gatos da vaca preta


E cá está a minha favorita! Patrocinada pela Loja do Gato Preto traz-nos uma imagem divertida dos felpudinhos coloridos a espreguiçarem-se longamente pela vaquinha preta...
Descrições à parte, a verdade é que não preciso sequer de ver as restantes... como sou fã incondicional dos felinos peludos, a minha escolha está feita por natureza!
A CowParade, muito embora talvez demasiado mediatizada, não deixa de ser uma excelente iniciativa social e sobretudo criativa!
Devia ter concorrido também! (lol)
Pintava uma FlowerCow, cheinha de hortênsias ou cubres, a verdadeira flor desta ilha...
Fica a ideia.
Espero ter a oportunidade de ver a minha "vaquinha de estimação" ao vivo e a cores em pouco tempo. Não fujam gatinhos!
E para conhecer as restantes vaquinhas, é só clicar em:


24 maio 2006

Os erros dos outros

"É mais fácil ver os erros dos outros que os próprios; é muito difícil enxergar os próprios defeitos. Espalham-se os defeitos dos outros como palha ao vento, mas escondem-se os próprios erros como um jogador trapaceiro."
(Buda Gautama Sakyamuni)

23 maio 2006

"The long road to Joy"



Você já chegou. Portanto, sinta o prazer em cada passo e não fique preocupado com as coisas que ainda tem que superar. Não temos nada diante de nós, apenas um caminho para ser percorrido a cada momento com alegria. Estamos sempre chegando, nosso lar é o momento actual, e nada mais.

Por causa disso, sorria sempre enquanto andar. Mesmo que tiver que forçar um pouco e se achar ridículo. Acostume-se a sorrir, e terminará alegre. Não tenha medo de mostrar seu contentamento.

Se pensa que paz e felicidade estão sempre adiante, jamais conseguirá atingi-las. Procure entender que ambas são suas companheiras de viagem.

Quando anda, está massajando e honrando a terra. Da mesma maneira, a terra está procurando ajudá-lo a equilibrar seu organismo e sua mente. Entenda esta relação e procure respeitá-la, que seus passos sejam dados com a firmeza de um leão, a elegância de um tigre, a dignidade de um imperador.

Preste atenção ao que acontece à sua volta. Concentre-se na sua respiração, isso o ajudará a libertar-se dos problemas e das ansiedades que tentam acompanhá-lo no seu caminho.

Ao caminhar, não é apenas você que caminha, mas todas as gerações passadas e futuras. No mundo chamado “real”, o tempo é uma medida, mas no verdadeiro mundo não existe nada além do momento presente. Tenha plena consciência de que tudo o que já aconteceu e tudo o que acontecerá está em cada passo.

Tradução do autor Thich Nhat Hanh in “The Long Road to Joy”

22 maio 2006

Para quem nasceu em Maio...


Um estudo revelou que as pessoas com mais sorte no mundo são as que nasceram em Maio. As com menos sorte, ou pelo menos as que tem um ponto de vista mais negativo da vida, nasceram em Outubro.
É o que dizem os investigadores da University of Hertfordshire, em Inglaterra, que usaram o festival internacional de ciência de Edinburgh para conduzir um estudo que envolveu 40 000 visitantes. A realidade parece ser que para se ter sorte, tudo o que é necessário é ter um ar alegre e optimista.
Embora não se saiba porquê, os cientistas encontraram uma ligação entre o mês em que nasceu a pessoa e uma certa predisposição para certas doenças, como alzheimer, esquizofrenia e diabetes.
Porque será assim? Um dos cientistas que conduziu o estudo especula que as pessoas que nasceram na Primavera e no Verão, ficaram expostas logo à nascença a um tempo solarengo e temperatura amena, e que esse factor pode influenciar o sistema biológico com repercursões na vida adulta.
Os cientistas apontam ainda para a possibilidade de a interação entre pais e filhos recém nascidos ser uma factor a ter em conta.
O estudo completo em:

19 maio 2006

"O Perfume"


Continuando na onda cinematográfica, mais um livro adaptado a cinema: O Perfume, de Patrick Suskind.
Este com certeza não trará a polémica nem a mediatização do "Código da Vinci", mas a ser tão bom como o livro, sobre o qual aliás já tive oportunidade de postar neste blog, será certamente um excelente filme, embora se costume dizer que um bom livro raramente consegue dar um bom filme.
Trancrevo a notícia:
"Foi esta semana colocada na Internet a primeira imagem do novo filme de Tom Tykwer, "Das Perfum". Baseado no aclamado livro de Patrick Süskind, esta é a história de um criador de perfumes que, por ter nascido sem olfacto, desenvolve uma técnica de olfacto requintado, criando os perfumes mais refinados do mundo. No entanto, o seu trabalho dá uma reviravolta enquanto ele procura a fragrância ideal.
Com Dustin Hoffman, Rachel Hurd-Wood, Alan Rickman e Ben Whishaw nos principais papéis, espera-se que a obra chegue aos cinemas em Outubro de 2006."
E para quem quiser ver o primeiro trailer do filme em alemão:

18 maio 2006

Filme "O Código da Vinci"


Estreia hoje o tão divulgado “Código da Vinci”.

Embora não tenha a possibilidade de presentear-me com um bilhete para esta estreia, não a perderia se pudesse…
Depois de tantos meses de espera, cá está o filme, para confirmar se afinal será tão bom como o livro… eu tenho o pressentimento que sim.
Para quem devorou o livro como eu, penso que o filme trará muita acção e muito suspense, com todo o desvendar de um mistério, que é no fundo o de perceber a verdadeira fundação do cristianismo.

Cá está a sinopse:

"Adaptação do "best-seller" de Dan Brown, totalmente envolto em mistério - só será visto pela primeira vez no Festival de Cannes, na véspera da estreia mundial -, "O Código da Vinci" já começou a incendiar multidões e a polémica está instalada.O famoso simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) está em Paris para fazer uma palestra quando é chamado ao museu do Louvre onde o curador foi assassinado, deixando junto de si um misterioso rasto de símbolos e pistas.Colocando em risco a sua própria sobrevivência, Langdon, ajudado pela criptologista da polícia francesa Sophie Neveu (Audrey Tautou), põe a descoberto uma série de pistas inscritas nas obras de Leonardo Da Vinci, que o pintor engenhosamente disfarçou e que conduzem à descoberta de um mistério religioso, protegido por uma sociedade secreta durante mais de dois mil anos, mistério esse que abalará os pilares do Cristianismo."

17 maio 2006

A Força Criadora

Todo o universo está perante nós como uma grande pedreira perante o arquitecto, o qual só merece esse nome se com a maior economia, conveniência e solidez constituir, a partir dessas massas acidentalmente acumuladas pela Natureza, o protótipo nascido no seu espírito. Fora de nós, tudo é apenas elemento. Sim, até posso dizer: tudo o que há em nós também. Mas no fundo de nós próprios encontra-se essa força criadora que nos permite produzir aquilo que tem de ser e que não nos deixa descansar, nem repousar, enquanto não o tivermos realizado, de uma maneira ou de outra, fora de nós ou em nós.

Goethe

Entre Pico e Faial




O azul do céu pincelado de nuvens é uma extensão suave do azul turquesa do mar com ondas pinceladas de espuma, abertas pelo barco que passa.
Mais à frente, em linha diagonal, os ilhéus, Deitado e Em Pé, marcos inconfundíveis da viagem para a maravilhosa Ilha do Pico.
Eu que sou florentina, sou suspeita, mas é minha opinião que a seguir às Flores... está o Pico. Com uma energia muito particular, a pedra preta de vulcão, espalhada por cada recanto da ilha, os curralinhos de vinhas onde as videiras espreitam o sol, a sua majestosa e inesquecível montanha, toda a ilha respira e transpira a energia da TERRA, "nua e crua".
Uma ilha de encanto.
Presto aqui a minha homenagem à ilha e às suas gentes, extremamente acolhedoras.

16 maio 2006

A Alma do Mundo

"Acredito no conceito de "Anima Mundi" (Alma do Mundo), onde cada pessoa, através da total dedicação ao que faz, entra em contacto com a inspiração do universo"

Paulo Coelho

Skinheads ameaçam Mundial da Alemanha

“Um grupo neonazi alemão está a preparar-se para fazer uma campanha racista durante o Mundial de futebol da Alemanha. O NPD, um partido de extrema-direita, pretende marchar pela cidade de Leipzig, no dia 21 de Junho, durante o jogo entre Irão e Angola. Os skins alemães vão contar com a presença de extremistas de outros países. Mário Machado, dirigente português da Frente Nacional, vai estar na Alemanha e disse ao Jornal Expresso que “vai haver problemas com adeptos”. Portugal defronta Angola no dia 11 de Junho e os extremistas portugueses prometem estar presentes. A Selecção Nacional parte para a Alemanha acompanhada por 18 agentes da GNR e PSP.”

Revista Focus


Li este artigo e fiquei… sem palavras.
A única coisa que posso dizer é que se isto ocorrer, será absolutamente repugnante e condenável às mais altas instâncias. É profundamente vergonhoso, que nos dias que correm, existam ideais racistas e xenófobos, que aparentemente estão a reunir cada vez mais seguidores, atrás da fachada de um suposto “partido”…
Gostaria de perceber o que se passa na cabeça dessas pessoas…
E mais importante que tudo… gostaria de saber como se legalizam partidos deste género, quando toda a gente sabe quais são os seus verdadeiros princípios.
Viva a liberdade de expressão, com toda a certeza, mas não a custo dos direitos fundamentais de todos os seres humanos!

15 maio 2006

O Tibet e a reencarnação


Uma crónica interessante sobre reencarnação. Mesmo para os mais cépticos.
Foi escrita por Paulo Coelho e saíu no Jornal Globo - Brasil.
“Ao ser perguntado pelo jornalista Mick Brown se era a reencarnação dos Dalai Lamas anteriores, o actual Dalai Lama respondeu:
- É um tema muito complicado. Algumas pessoas se reencarnam, outras são apenas símbolos do ser que desencarnou. Através das minhas vidas anteriores eu penso que sempre tive um laço forte com o meu povo, e todo o meu trabalho espiritual se manifesta naquilo que eu posso fazer para trazer de novo a liberdade ao meu país.

Ou seja: O Dalai Lama não respondeu nem “sim” nem “não”. Entretanto, de acordo com os ensinamentos do budismo tibetano, a nossa consciência subtil – que existe em todos os seres humanos, mas normalmente está sempre adormecida – permanece depois da morte. Nesta consciência subtil foram arquivadas todas as acções, gestos e intenções da vida que acaba de terminar; tudo isso, depois de permanecer algum tempo no espaço vazio, termina por encontrar de novo sua forma física em um novo corpo.
O povo tibetano procura arquivar nesta consciência subtil (uma variação daquilo que conhecemos como alma) uma série de comportamentos que ajudarão na próxima vida. Quanto mais vezes repetir a tarefa, mais forte será a marca deixada – desta maneira, os rituais religiosos são quase diários.
Mick Brown diz que nossa cultura não aceita a ideia de que uma consciência subtil possa permanecer desmaterializada para logo em seguida manifestar-se de novo. Entretanto, Peter Kedge acredita que os talentos naturais que vemos em certas crianças – como o dom da música, ou da matemática – são resultados de uma consciência que já viveu antes, e agora manifesta-se de novo.
No Tibet, não apenas esta consciência é propositadamente desenvolvida, mas também, quando um mestre morre, procura deixar pistas para que seu próximo corpo seja logo reconhecido.
Um dos casos actuais mais conhecidos é o do menino espanhol Osel, hoje com 11 anos de idade e vivendo no norte da Índia. Em 1935 nasceu o Lama Yeshe, que passou sua vida estudando o misticismo tibetano, foi exilado durante a invasão chinesa, e terminou seus dias na California. No dia de sua morte, chamou seu discípulo favorito e disse que desta vez iria reencarna-se no Ocidente. Passaram-se alguns anos, e o discípulo sonhou com Yeshe, pedindo que agora fosse procura-lo.
Assim foi: visitando os diversos monastérios fundados pelo seu mestre, terminou na cidade de Bubion, no sul da Espanha, onde encontrou um menino que tinha nascido no dia exacto do seu sonho. Mostrou ao garoto uma série de sinos e colares de contas; o menino, então com 2 anos, seleccionou exactamente os que tinham pertencido ao Lama Yeshe – sendo proclamado como sua reencarnação, e levado para um mosteiro para ser educado segundo os ritos tibetanos.
O antecessor do actual Dalai Lama indicou onde deveria renascer. Três ou quatro anos após sua morte, monges foram até uma aldeia na parte leste do Tibet, e encontraram uma criança que correspondia à descrição. Esta criança – O actual Dalai Lama - foi levada até o palácio de Potala, em Lhasa. Assim que chegou, começou a caminhar pelo palácio com bastante naturalidade, e em dado momento viu uma caixa.
- Meus dentes estão ali – disse.
Na verdade, a caixa continha a dentadura postiça do seu predecessor.

A vaga resposta dada pelo Dalai Lama ao jornalista Mick Brown tem sua razão: todos os grandes mestres tibetanos sempre deixam marcas semelhantes ao exemplo acima, mas é impossível verifica-las ou autentica-las fora do contexto cultural. Isso resultou numa série de falsos mestres pipocando em diferentes pontos do planeta, garantindo que pertenciam a uma linhagem de verdadeiros sábios, mas cujo único propósito era reunir um grupo de discípulos que pudessem colaborar financeiramente para o seu bem-estar.

O irmão do Dalai Lama, Tenzin Choegyal, comenta:
“Como tibetano, eu acredito na reencarnação do homem. Mas o Ocidente parece apenas se preocupar com o exotismo de nossos costumes - como os oráculos, os rituais e a cerimônias. Nada disso tem importância: o ideal máximo, o milager do Budismo, é permitir que qualquer ser humano com o coração vazio, possa transformar-se numa pessoa repleta de amor e compaixão.”

12 maio 2006

Sonhar...

"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento e nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos."

Paulo Coelho

11 maio 2006

A Caminho do Pico da Sé



O caminho é árduo, mas vale MESMO a pena. As fotos não retratam a vista do topo do Pico da Sé, mas o percurso para lá chegar já a deixa antever... fica o mistério para quem não conhece, um incentivo para passarem a conhecer!

Zé Guedes, fico à espera dos "comments" às fotos, olha que eu ainda não tinha tirado o curso e usei uma muito pequenina e simples Olympus... ai a digital que nunca mais compro...

Viajando de maneira diferente

“Desde muito jovem descobri que a viagem era, para mim, a melhor maneira de aprender. Continuo até hoje com esta alma de peregrino, e decidi relatar algumas das lições que aprendi, esperando que possam ser úteis a outros peregrinos como eu.
Evite os museus. O conselho pode parecer absurdo, mas vamos reflectir um pouco juntos: se você está numa cidade estrangeira, não é muito mais interessante ir em busca do presente que do passado? Acontece que as pessoas sentem-se obrigadas a ir a museus, porque aprenderam desde pequeninas que viajar é buscar este tipo de cultura.
Frequente os bares. Ali, ao contrário dos museus, a vida da cidade se manifesta. Bares não são discotecas, mas lugares onde o povo vai, toma algo, pensa no tempo, e está sempre disposto a uma conversa. Compre um jornal e deixe-se ficar contemplando o entra e sai.
Não compare. Não compare nada - nem preços, nem limpeza, nem qualidade de vida, nem meio de transportes, nada! Você não está viajando para provar que vive melhor que os outros – sua procura, na verdade, é saber como os outros vivem, o que podem ensinar, como se enfrentam com a realidade e com o extraordinário da vida.
Entenda que todo mundo lhe entende. Mesmo que não fale a língua, não tenha medo: já estive em muitos lugares onde não havia maneira de me comunicar através de palavras, e terminei sempre encontrando apoio, orientação, sugestões importantes, e até mesmo namoradas. Algumas pessoas acham que, se viajarem sozinhas, vão sair na rua e se perder para sempre. Basta ter o cartão do hotel no bolso.
Não compre muito. Gaste seu dinheiro com coisas que não vai precisar carregar: boas peças de teatro, restaurantes, passeios. Hoje em dia, com o mercado global e a Internet, você pode ter tudo sem precisar pagar excesso de peso.
Não tente ver o mundo em um mes. Mais vale ficar numa cidade quatro a cinco dias, que visitar cinco cidades em uma semana. Uma cidade é uma mulher caprichosa, precisa de tempo para ser seduzida e mostrar-se completamente.
Uma viagem é uma aventura. Henry Miller dizia que é muito mais importante descobrir uma igreja que ninguém ouviu falar, que ir a Roma e sentir-se obrigado a visitar a Capela Sistina, com duzentos mil turistas gritando nos seus ouvidos. Vá à capela Sistina, mas deixe-se perder pelas ruas, andar pelos becos, sentir a liberdade de estar procurando algo que não sabe o que é, mas que – com toda certeza – irá encontrar e mudará a sua vida.“

Paulo Coelho

10 maio 2006

Does Birth Order Determine Success?


All men may be created equal; but a look at their pay stubs will tell you that their incomes are not. Blame it on social class, education -- even luck, but according to Dalton Conley, New York University professor of sociology and public policy, inequality begins at home.Research shows that first borns (and onlys) lead the pack in terms of educational attainment, occupational prestige, income and net worth. Conversely middle children in large families tend to fare the worst.

Here's a look at what impact your birth-order may have on you:
First Borns: More conscientious, ambitious and aggressive than their younger siblings, first borns are over-represented at Harvard and Yale as well as disciplines requiring higher education such as medicine, engineering or law. Every astronaut to go into space has been either the oldest child in his or her family or the eldest boy. And throughout history -- even when large families were the norm -- more than half of all Nobel Prize winners and U.S. presidents have been birst born.

Middles: Middle children are more easy going and peer-oriented. Since they can get lost in the shuffle of their own families, they learn to build bridges to other sources of support and therefore tend to have excellent people skills. Middle children often take on the role of mediator and peacemaker.

Youngest: The youngest child tends to be the most creative and can be very charming -- even manipulative. Because they often identify with the underdog, they tend to champion egalitarian causes. (Youngest siblings were the earliest backers of the Protestant Reformation and the Enlightenment.) Successful in journalism, advertising, sales and the arts.

Only Children: Only children have similar characteristics to first borns and are frequently burdened with high parental expectations. Research shows they are more confident, articulate and likely to use their imagination than other children. They also expect a lot from others, hate criticism, can be inflexible and are likely to be perfectionists.

Twins: Because they hold equal status and are treated so similarly, twins turn out similarly in most cases.

O tudo e o nada...



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos
os sonhos do mundo.

Álvaro de Campos

09 maio 2006

Palavras para quê?

“Série de 26 episódios, de humor, protagonizada por Aldo Lima, sem diálogos, inspirada no universo do cinema mudo e dos "cartoons". Apesar de muda, haverá um mundo de sons, que vai servir de cenário melódico às histórias propostas semanalmente. As temáticas podem ser as mais variadas, sem recorrer à actualidade ou a um código cultural exclusivamente português. O personagem não tem nome. Tanto pode ser um selvagem numa ilha deserta, como um pianista clássico. Com uma excepção – nos episódios passados em casa - a casa é sempre a mesma e parece ter sido retirada de um desenho animado.”

Um excelente trabalho de linguagem corporal de Aldo Lima!!! Não percam – garanto que darão umas boas gargalhadas

Quintas-Feiras, 20:30 na RTP1

08 maio 2006

Amizade

"Existirá algo mais agradável do que ter alguém com quem falar de tudo como se estivessemos a falar connosco mesmos?"

05 maio 2006

Filme "Capote"


Um filme realmente digno de um Óscar…
Tive a oportunidade de vê-lo outro dia e adorei.
É um filme singular, bem longe dos grandes temas de bilheteira. Retrata a vida do escritor Truman Capote (Philip Seymour Hoffman), focando o período em que fez reportagens para o seu livro mais conhecido e revolucionário: “A Sangue Frio”, sobre o assassinato de uma família americana, cometido por uma dupla de forasteiros. O escritor desenvolve uma estreita relação com um dos assassinos e penetra no drama da história do assassinato e dos seus autores, condenados à morte.
O filme é muito poderoso, prende-nos à história do princípio ao fim, surpreendentemente, sem dramas nem exageros. A própria personalidade de Capote – homossexual, de inteligência aguda, a sua vaidade e intensidade é um ponto que eu julgo central em todo o filme, coadjuvado pela excelente interpretação e voz inconfundível do actor Seymour Hoffman.
Nos cinco anos passados entre a prisão e a execução de Perry Smith, Capote desenvolve uma estreita amizade com o criminoso. Mas há um novo elemento que se apresenta. O depoimento de Smith sobre os assassinatos era a chave para garantir um excelente livro - Capote sabia disso, e o entrevistado demorava a querer falar sobre o assunto. Assim, num primeiro momento ele quis ajudar os condenados e conseguiu o adiamento da data da execução. Mais tarde, quando já tinha em mãos horas de entrevista (gabava-se de guardá-las na memória, sem qualquer nota escrita), esqueceu Smith para dedicar-se à obra. E na aproximação do final do filme vemos um Capote angustiado, deprimido e inquieto, quando, adiamento atrás de adiamento, não sabe quando aquela história terminará e poderá por um ponto final no livro com a execução dos criminosos.
Mas por fim o dia chegou, para grande sofrimento do escritor, que, embora muito próximo de Smith, e aparentemente abalado, estava ainda mais obcecado com a conclusão da sua obra-prima “A Sangue Frio”.
Pelas informações que pude recolher, depois desse livro, Truman não conseguiu concluir outro trabalho, pois o estado em que viveu desde então foi o preço que teve que pagar para conseguir uma tão grande obra.

A não perder.

04 maio 2006

Fotógrafa Eve Arnold




“É a primeira fotógrafa (mulher) da Magnum consumando a sua entrada na agência em 1955.
Nos anos 50 criou vários ensaios fotográficos sobre mulheres dos mais diversos níveis da sociedade, de quem desejava apresentar uma imagem "realista".
É dessa época que datam alguns dos trabalhos mais representativos da fotógrafa: retratos de Marilyn Monroe, Joan Crawford e Marlene Dietrich - três divas retratadas como mulheres banais, sem a aura da estrela convencional ou idealizada. Fotografias sem poses, sem maquilhagem, das actrizes em momentos de repouso ou de preparação para as câmaras.
Eve Arnold, melhor que ninguém, soube captar o lado humano das figuras públicas, tornando-as "reais".”

Fiquei impressionada com o trabalho desta fotógrafa, através de uma exposição de retrospectiva do seu já longo percurso, reunido num documentário apresentado há poucos dias no Discovery (salvo erro).
Reparei nas reacções das pessoas, que entravam quase num estado de “transe” ao captarem a força e a arte com que Eve fotografava as pessoas, num puro e eterno momento, muitas de pessoas famosas, captadas de forma completamente diferente do habitual.
Felicitavam a artista, quase de lágrimas nos olhos, tão grande era a sua comoção, palavras de emoção e de espanto por tão única experiência.

É, sem dúvida, um trabalho que merece ser conhecido…

Poderão apreciar o trabalho dela e de outros fotógrafos em:

www.magnumphotos.com

O sorriso amarelo de Mona Lisa



Li esta crónica numa página da GQ Portuguesa, escrita pelo Zé Diogo Quintela (do bem conhecido Gato Fedorento), e achei que focava de forma irreverente e com uma boa dose de humor, a eterna questão, que eu, sendo mulher, até me questiono por vezes: Quem percebe as mulheres?
Então, sem mais demoras, cá está o artigo:

“Tenho grande fé em tudo o que os homens da ciência dizem. Acredito que o universo é infinito. Acredito que não devo misturar aspirina e Coca-Cola. Acredito que, se deixar de respirar durante algum tempo, é possível que faleça.
Agora, confesso que tenho grande dificuldade em acreditar numa notícia que li no jornal de Dezembro do ano passado (é que não dá não deitar fora os jornais: forra-se o caixote do lixo e arranjam-se temas para crónicas. Crónicas que, ou muito me engano, irão acabar nesse caixote do lixo. É a pós-modernidade da escrita). Segundo essa notícia investigadores holandeses descobriram que o sorriso da Mona Lisa indica que ela estava feliz.
Não acredito, por uma simples razão: se já é muito difícil aferir sobre o estado de espírito de uma mulher que está mesmo à nossa frente, como é que é possível fazê-lo com uma mulher que sorriu para um pintor há 500 anos?
A arrogância de achar que é possível saber o que uma mulher está a sentir, só por ver a cara dela, é o género e atitude que não espero encontrar num cientista. Num taxista, encorajo esta bazófia. Num cientista, não. Das duas, uma: ou estes investigadores são charlatães ou um deles é homossexual. (Como é do conhecimento geral, os homossexuais sabem sempre como é que as raparigas se estão a sentir.)
O rosto de uma mulher é imperscrutável.
Às vezes, conseguem exprimir a emoção contrária à que estão a sentir. Imaginem que já várias namoradas minhas desataram a rir quando eu acabei com elas!
É muito complicado interpretar o estado de espírito de uma mulher. A ciência devia tratar disso. Da mesma maneira que desenvolveu a meteorologia para saber o estado do tempo, podiam agora apostar na humorologia, para saber o estado de espírito. “Ela fez as pazes com a mãe, foi promovida e vai passar o fim-de-semana com as amigas. Portanto, proteja-se bem, porque ela vai chorar”.
Ajudava o namorado.
Que ia ter de pedir desculpa. Por precaução. (…)”

03 maio 2006

Não só de flores vive esta ilha


Desde que me conheço que moro nesta maravilhosa ilha de nome Flores.
Ilha que de flores se preza de ter em tão grande quantidade e distribuídas tão naturalmente, que nunca seriam dadas suficientes felicitações ao “jardineiro” que durante todos estes anos cultivou tão extenso jardim.
Mas não só de flores vive esta ilha.
Esta ilha vive de muito, muito mais.
Vive da energia da terra.
Vive do verde que por todo o lado se estende e encanta.
Vive do amor que temos por ela, e que ela retribui, de forma tão natural.
Considero-me verdadeiramente florentina, e tenho muito orgulho em sê-lo.
Sinto-me grata aos meus pais por me terem trazido a esta terra, a terra que também é deles por nascença, e que me deram o privilégio de conhecer desde tenra idade.
Terra de neblinas, de chuvas e de ventos, de dias nublados e tempestades invernais, mas também de céu limpo e azul, fundindo-se no horizonte com um mar azul-turquesa que por toda a costa sopra gentilmente uma brisa marinha suave e revigorante.
Foi nas caminhadas que melhor pude conhecer e apreciar a beleza extrema, única e misteriosa desta tão bela ilha. Só assim conseguimos compreender bem melhor a dimensão dessa verdade. Tenho ainda alguns sítios por percorrer, mas sei que o tanto que vi até hoje já é mais que suficiente para perceber que é nesta ilha que tenho que estar.
Por tudo o que ela sempre me deu e sempre me dará, momentos por vezes menos felizes mas que depois num instante se desvanecem quando do cimo de uma montanha ou no lado de uma encosta, contemplo a paisagem e percebo quão feliz sou por viver nesta ilha.

Sou desta bela Ilha das Flores e a Ilha das Flores é minha: poderão dizer - por opção, por escolha, mas eu diria que é acima de tudo por uma enorme e muito profunda afeição.


02 maio 2006

A Revolta dos Pastéis de Nata


A não perder!
Confesso que só vejo o programa às vezes, talvez porque não sou muito assídua da 2, mas a verdade é que este programa "surpreendeu-me" pela positiva.
Ainda mais depois de saber que Luís Filipe Borges é AÇORIANO, e nós AÇORIANOS, gostamos daquilo que é nosso, e em resultado disso, comecei a ver o programa com uma satisfação muito "açoriana".
"A Revolta" tem uma forma muito particular e original de abordar questões de fundo da vida, da maneira de ser e de estar dos portugueses, de uma forma engraçada mas sem nunca deixar de passar uma mensagem muito clara: talvez por isso mesmo o nome de "Revolta", e "Pastéis de Nata", como referência a Portugal, porque, afinal de contas, é da vida dos portugueses que este programa trata.
Para quem ainda não conhece, meus caros Açorianos, acho que deviam conhecer, pois é com muito orgulho que temos um filho das ilhas a apresentar um programa desta originalidade.
O blog do programa, na sua primeiríssima postagem, reza o seguinte:
"As noites de sexta-feira da 2: vão passar a ser preenchidas com um programa que dá pelo nome de A REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA.Irreverente, este projecto terá uma forte componente de humor, concebido e interpretado por um inovador grupo de jovens actores e guionistas, na sua maioria a trabalhar pela primeira vez em televisão. A apresentação é de Luís Filipe Borges, uma das revelações de entre os colunistas do diário “A Capital”. A REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA, com transmissão em directo, assume-se como um espaço alternativo nas noites de Sexta-feira.A REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA irá ter um tema específico para cada uma das suas 13 emissões. Em discussão irão estar assuntos abordados de forma singular que pretendem “descodificar” o carácter comportamental dos portugueses. Contributo importante será o dos dois convidados, semanalmente diferentes, que o apresentador entrevistará em estúdio.O mote de cada programa servirá também para a realização de muitos dos momentos de humor apresentados ao longo da emissão.Além disso, no programa A REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA será feita uma resenha da actualidade semanal fazendo sobressair, através de um olhar crítico e irónico, o que de mais importante aconteceu em Portugal e no mundo.A REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA é uma ideia original criada para a 2:, assegurada por uma produtora independente, a Videomedia."
Muito bem Luís Filipe Borges! E Viva a Revolta!