Poderia
Poderia ter escrito a tremer de respirares tão longe
Ter escrito com o sangue
Também poderia ter escrito as visões
Se os olhos divididos em partes não sobrassem
No vazio de ceguez
E luz.
Poderia ter escrito o que sei
Do futuro e de ti
E de ter visto no deserto
O silêncio, o fogo e o dilúvio.
De dormir cheio de sede e poderia
Escrever
O interior do repouso
E ser faúlha onde a morte vive
E a vida rompe
E poderia ter escrito o meu nome no teu nome
Porque me alimento da tua boca
E na palavra me sustento em ti
Daniel Faria
Etiquetas: Poesia
2 Comentários:
Adoro-te, Sandy :)
Um anónimo que não conheces. Ninguém conhecer.
Então se não te conheço... posso apenas dizer: obrigada :))
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