“O dinheiro só traz felicidade até ao momento em que cobre as necessidades básicas. Depois disso, mais dinheiro não altera o nível de satisfação. E um foco exagerado em coisas materiais esvazia a vida de significado.”
Acha isto um absurdo? Então leia o seguinte testemunho:
“Uma das maiores premiadas de sempre do Euromilhões, uma apostadora inglesa, descobriu, numa noite de Sexta-feira, que se tornara dona de uma fortuna de muitos milhões. Com jornais, televisões e rádios no seu encalço, a nova milionária, refém do próprio prémio, foi obrigada a refugiar-se em parte incerta com a sua família. Num relato emocionante, um ano depois de ter sido a totalista de um fabuloso prémio, a euromilionária conta o que mudou na sua vida e fala com saudade do tempo em que tinha que fazer contas ao dinheiro: “Estava longe de supor que o dinheiro dava tantas dores de cabeça. Posso comprar tudo aquilo que quero mas não posso voltar a viver na casa onde fui feliz durante mais de 25 anos, deixar as minhas filhas frequentar a escola onde cresceram ou visitar os meus familiares que ainda moram nesse bairro. (…) Quando depositaram o dinheiro na nossa conta foi fabuloso, sentíamo-nos poderosos e importantes. Compramos uma casa grande, fizemos muitas viagens e as nossas filhas passaram a ter carro e cartão de crédito. No entanto, começamos a sentir que o preço a pagar por se ser rico pode ser demasiado elevado. Abandonamos os nossos empregos, perdemos a maioria dos nossos amigos, deixamos de ter em quem confiar e vivemos sempre com medo que alguém rapte as nossas filhas. Hoje não sei se era mesmo isto que queria da minha vida e, em dias de raiva, costumo dizer que se soubesse o que sei hoje, RASGAVA O BILHETE!
Sinto que não sou eu que estou a viver esta vida.” revela Helen.”
Revista Happy Woman, Dezembro 2006
Por incrível e até chocante que isto possa parecer, não deixa de ser uma grande verdade…
Este artigo captou a minha atenção e achei que o devia partilhar com o mundo.
E vem a propósito, uma vez que estamos no início do ano de 2007 e o sonho de ganhar um prémio no Totoloto ou no Euromilhões alimenta o dia-a-dia de tantos de nós. Da próxima vez que jogar, pense que se calhar o 4.º prémio já seria o suficiente. Pense que o prémio pode pagar-lhe a casa e um carro topo de gama e tudo mais que possa imaginar possuir. Mas nada mais do que isso.
Exactamente porque o que realmente precisamos, nenhum prémio, por maior que seja a sua quantia, pode comprar: A felicidade dos pequenos gestos e das pequenas coisas. Quando o dinheiro é muito, é difícil pensar-se “pequeno” e assim, perdemos a verdadeira noção das coisas.
Pode parecer patético, poético até, mas a verdadeira e genuína felicidade reside dentro de nós, na nossa força de espírito, nas pessoas que nos amam, não no dinheiro que temos ou no número de cartões de crédito que nos enchem a carteira. Isso é “a casca da noz, não o miolo”.
Feitas as contas, para que precisamos de milhões???