Um dia de primavera no meu coração
Acordei e vi lá fora um belo dia de primavera… não encontraria melhor dia para falar de ti.
Sabes que embora já não estejas presente na minha vida terrena há muitos anos, tens-me acompanhado espiritualmente, diria até como a minha secreta heroína. Sempre gostamos muito uma da outra, e guardo com imensa ternura as imagens que me vêm à memória quando me lembro de ti…
Lembro-me do teu sorriso, de bochechas vermelhinhas, da manga curta porque nunca tinhas frio, das conversas com os vizinhos que passavam na rua e que eram sempre acolhidos com a tua simpatia e as tuas palavras de conforto… e eras capaz de estar horas a conversar com qualquer pessoa, nova ou velha, conhecida ou desconhecida… porque era sempre com a mesma simpatia que acolhias todas elas.
Lembro-me das inúmeras vezes que te fui visitar, e de me sentar na tua cadeira de baloiço, com vista para a rua, cadeira que desde logo te pedi que fosse minha um dia, pois no fundo era um símbolo do carinho que tínhamos uma pela outra, e de todas as horas que passamos sentadas naquela cadeira, em longas conversas de tudo e de nada…
Lembro-me de belos dias de Verão passados na tua casa, correndo pelas tuas quintas, explorando e sentindo o cheiro da terra, vendo se as galinhas tinham ovos, se havia uvas nas parreiras, se as ameixas já estavam escurinhas para comer…
Lembro-me de tudo isto com a saudade da infância que me permitiu conhecer-te, embora já mais velhinha, vestida de preto pelo luto… mas sempre bem disposta.
Lembro-me de abrir todas as tuas gavetas, à procura de qualquer coisa, que, por mais pequeno e insignificante que fosse, para mim era a descoberta de um tesouro.
Lembro-me com ternura do teu jardim, cheiinho de malmequeres, de rosas, e de todo o amor que lhes davas…
Lembro-me da alegria que sentia quando vinhas passar uns dias a minha casa, porque sabia que a tua alegria e vivacidade contagiava todos.
Depois veio a doença e ficaste mais tristinha… mas não é assim que me quero lembrar de ti agora…
Sabes, tu foste e és a minha heróina, a pessoa mais perfeita que conheci até hoje, talvez pela sabedoria que os muitos anos de vida te deram, nunca dizias nada em vão e quando falavas as tuas palavras eram sempre de carinho e de atenção…
Sei que nem sempre foste assim, mas foi assim que eu te conheci e é assim que te guardo num lugar muito especial... Quero que saibas disso, quero que saibas que te admirarei sempre...
Sabes que embora já não estejas presente na minha vida terrena há muitos anos, tens-me acompanhado espiritualmente, diria até como a minha secreta heroína. Sempre gostamos muito uma da outra, e guardo com imensa ternura as imagens que me vêm à memória quando me lembro de ti…
Lembro-me do teu sorriso, de bochechas vermelhinhas, da manga curta porque nunca tinhas frio, das conversas com os vizinhos que passavam na rua e que eram sempre acolhidos com a tua simpatia e as tuas palavras de conforto… e eras capaz de estar horas a conversar com qualquer pessoa, nova ou velha, conhecida ou desconhecida… porque era sempre com a mesma simpatia que acolhias todas elas.
Lembro-me das inúmeras vezes que te fui visitar, e de me sentar na tua cadeira de baloiço, com vista para a rua, cadeira que desde logo te pedi que fosse minha um dia, pois no fundo era um símbolo do carinho que tínhamos uma pela outra, e de todas as horas que passamos sentadas naquela cadeira, em longas conversas de tudo e de nada…
Lembro-me de belos dias de Verão passados na tua casa, correndo pelas tuas quintas, explorando e sentindo o cheiro da terra, vendo se as galinhas tinham ovos, se havia uvas nas parreiras, se as ameixas já estavam escurinhas para comer…
Lembro-me de tudo isto com a saudade da infância que me permitiu conhecer-te, embora já mais velhinha, vestida de preto pelo luto… mas sempre bem disposta.
Lembro-me de abrir todas as tuas gavetas, à procura de qualquer coisa, que, por mais pequeno e insignificante que fosse, para mim era a descoberta de um tesouro.
Lembro-me com ternura do teu jardim, cheiinho de malmequeres, de rosas, e de todo o amor que lhes davas…
Lembro-me da alegria que sentia quando vinhas passar uns dias a minha casa, porque sabia que a tua alegria e vivacidade contagiava todos.
Depois veio a doença e ficaste mais tristinha… mas não é assim que me quero lembrar de ti agora…
Sabes, tu foste e és a minha heróina, a pessoa mais perfeita que conheci até hoje, talvez pela sabedoria que os muitos anos de vida te deram, nunca dizias nada em vão e quando falavas as tuas palavras eram sempre de carinho e de atenção…
Sei que nem sempre foste assim, mas foi assim que eu te conheci e é assim que te guardo num lugar muito especial... Quero que saibas disso, quero que saibas que te admirarei sempre...
como um dia de primavera no meu coração.
1 Comentários:
Há avós muito sortudas e netas muito especiais. Tu és uma delas.
Desde que vivo em permanência nesta nossa terra que percebo que a maioria das pessoas tem um valor imenso que não revela.
Tu escreves admiravelemnte e és muito criativa. Dificilmente as pessoas poderão adivinhar todo o teu potencial se não o mostrares e, no entanto, estás por detrás de uma secretária, se calhar a fazer algumas coisas menos interessantes quando podias fazer outras que te dessem mais prazer e para as quais és profundamente dotada.
temos que ocnversar um dia destes.
Beijinhos
maenegra
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