29 maio 2006

O Melhor de Dois Mundos

Hoje vou permitir-me um rasgo de crítica política (embora goste bem pouco dela) e reflectir um pouco sobre a burocracia desta país. É bem conhecida por todos nós, onde a maior parte das vezes os funcionários públicos acabam sempre na berlinda, mas depois, quando a crise aperta, estão lá eles, na linha da frente do campo de batalha, para apanhar com as medidas de “fundo” (e “para o fundo”) do Estado.
A razão desta reflexão foi inspirada por um habitante desta ilha de há vários anos, estrangeiro, que dias atrás reclamou da excessiva burocracia deste país e desta ilha em tratar de simples documentos.
Primeiro que tudo, acho que o problema da burocracia, é um problema de sistema público, que nada tem a ver com os seus funcionários (que era outro assunto a debater mas que penso nada ter a ver com a base desta questão) ou com o sítio onde nos encontramos, mas com um problema de fundo que é “Como funciona o sistema público deste país”. Toda a gente saberá com certeza, que quando se quer uma coisa, um documento precede outro, que por sua vez implica outro e por aí fora… até que se completa o processo e o cidadão lá vai descansado para sua casa, até perceber depois que afinal o processo ficou parado em qualquer lugar porque até faltava mais qualquer coisa…
Enfim, não é nada agradável.
Mas a razão pela qual faço esta reflexão, não é para chegar à conclusão que todos nós já conhecemos:
Que nem o SIMPLEX resolve o que de mal este sistema público português tem.

A conclusão é bem diferente:
NÃO PODEMOS TER O MELHOR DE DOIS MUNDOS.
E neste caso falo muito particularmente da ILHA DAS FLORES. Sim, porque acho que qualquer cidadão estrangeiro que venha morar para esta ILHA, por livre e espontânea vontade, porque gosta e porque quer cá ficar, não pode nem deve criticar a burocracia de um sistema público porque ao fim e ao cabo, é a conta que terão de pagar por usufruir de uma ilha como esta, ÚNICA na sua essência, forte na sua energia, inesquecível para quem por ela se deixa apaixonar.

Costuma-se dizer que tudo na vida tem um preço: o nosso, de habitantes da ilha das Flores, é, penso eu, muito pequeno, comparado com o que realmente podemos ganhar em troca, gratuitamente, sem impostos nem emolumentos. E já nem falo em comodismos, em isolamento… penso que isso existe cada vez menos. Há 20 anos atrás poderíamos dizer que vivíamos ISOLADOS do mundo. Agora, com todas as novas tecnologias de que dispomos, penso que não podemos dizer o mesmo.

Em conclusão: TEMOS UM MUNDO BEM MELHOR QUE A MAIOR PARTE DOS HABITANTES DESTE PAÍS, POR ISSO, APROVEITEM!!!

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial