03 maio 2006

Não só de flores vive esta ilha


Desde que me conheço que moro nesta maravilhosa ilha de nome Flores.
Ilha que de flores se preza de ter em tão grande quantidade e distribuídas tão naturalmente, que nunca seriam dadas suficientes felicitações ao “jardineiro” que durante todos estes anos cultivou tão extenso jardim.
Mas não só de flores vive esta ilha.
Esta ilha vive de muito, muito mais.
Vive da energia da terra.
Vive do verde que por todo o lado se estende e encanta.
Vive do amor que temos por ela, e que ela retribui, de forma tão natural.
Considero-me verdadeiramente florentina, e tenho muito orgulho em sê-lo.
Sinto-me grata aos meus pais por me terem trazido a esta terra, a terra que também é deles por nascença, e que me deram o privilégio de conhecer desde tenra idade.
Terra de neblinas, de chuvas e de ventos, de dias nublados e tempestades invernais, mas também de céu limpo e azul, fundindo-se no horizonte com um mar azul-turquesa que por toda a costa sopra gentilmente uma brisa marinha suave e revigorante.
Foi nas caminhadas que melhor pude conhecer e apreciar a beleza extrema, única e misteriosa desta tão bela ilha. Só assim conseguimos compreender bem melhor a dimensão dessa verdade. Tenho ainda alguns sítios por percorrer, mas sei que o tanto que vi até hoje já é mais que suficiente para perceber que é nesta ilha que tenho que estar.
Por tudo o que ela sempre me deu e sempre me dará, momentos por vezes menos felizes mas que depois num instante se desvanecem quando do cimo de uma montanha ou no lado de uma encosta, contemplo a paisagem e percebo quão feliz sou por viver nesta ilha.

Sou desta bela Ilha das Flores e a Ilha das Flores é minha: poderão dizer - por opção, por escolha, mas eu diria que é acima de tudo por uma enorme e muito profunda afeição.


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