Filme "Capote"
Um filme realmente digno de um Óscar…
Tive a oportunidade de vê-lo outro dia e adorei.
É um filme singular, bem longe dos grandes temas de bilheteira. Retrata a vida do escritor Truman Capote (Philip Seymour Hoffman), focando o período em que fez reportagens para o seu livro mais conhecido e revolucionário: “A Sangue Frio”, sobre o assassinato de uma família americana, cometido por uma dupla de forasteiros. O escritor desenvolve uma estreita relação com um dos assassinos e penetra no drama da história do assassinato e dos seus autores, condenados à morte.
O filme é muito poderoso, prende-nos à história do princípio ao fim, surpreendentemente, sem dramas nem exageros. A própria personalidade de Capote – homossexual, de inteligência aguda, a sua vaidade e intensidade é um ponto que eu julgo central em todo o filme, coadjuvado pela excelente interpretação e voz inconfundível do actor Seymour Hoffman.
Nos cinco anos passados entre a prisão e a execução de Perry Smith, Capote desenvolve uma estreita amizade com o criminoso. Mas há um novo elemento que se apresenta. O depoimento de Smith sobre os assassinatos era a chave para garantir um excelente livro - Capote sabia disso, e o entrevistado demorava a querer falar sobre o assunto. Assim, num primeiro momento ele quis ajudar os condenados e conseguiu o adiamento da data da execução. Mais tarde, quando já tinha em mãos horas de entrevista (gabava-se de guardá-las na memória, sem qualquer nota escrita), esqueceu Smith para dedicar-se à obra. E na aproximação do final do filme vemos um Capote angustiado, deprimido e inquieto, quando, adiamento atrás de adiamento, não sabe quando aquela história terminará e poderá por um ponto final no livro com a execução dos criminosos.
Mas por fim o dia chegou, para grande sofrimento do escritor, que, embora muito próximo de Smith, e aparentemente abalado, estava ainda mais obcecado com a conclusão da sua obra-prima “A Sangue Frio”.
Pelas informações que pude recolher, depois desse livro, Truman não conseguiu concluir outro trabalho, pois o estado em que viveu desde então foi o preço que teve que pagar para conseguir uma tão grande obra.
A não perder.
Tive a oportunidade de vê-lo outro dia e adorei.
É um filme singular, bem longe dos grandes temas de bilheteira. Retrata a vida do escritor Truman Capote (Philip Seymour Hoffman), focando o período em que fez reportagens para o seu livro mais conhecido e revolucionário: “A Sangue Frio”, sobre o assassinato de uma família americana, cometido por uma dupla de forasteiros. O escritor desenvolve uma estreita relação com um dos assassinos e penetra no drama da história do assassinato e dos seus autores, condenados à morte.
O filme é muito poderoso, prende-nos à história do princípio ao fim, surpreendentemente, sem dramas nem exageros. A própria personalidade de Capote – homossexual, de inteligência aguda, a sua vaidade e intensidade é um ponto que eu julgo central em todo o filme, coadjuvado pela excelente interpretação e voz inconfundível do actor Seymour Hoffman.
Nos cinco anos passados entre a prisão e a execução de Perry Smith, Capote desenvolve uma estreita amizade com o criminoso. Mas há um novo elemento que se apresenta. O depoimento de Smith sobre os assassinatos era a chave para garantir um excelente livro - Capote sabia disso, e o entrevistado demorava a querer falar sobre o assunto. Assim, num primeiro momento ele quis ajudar os condenados e conseguiu o adiamento da data da execução. Mais tarde, quando já tinha em mãos horas de entrevista (gabava-se de guardá-las na memória, sem qualquer nota escrita), esqueceu Smith para dedicar-se à obra. E na aproximação do final do filme vemos um Capote angustiado, deprimido e inquieto, quando, adiamento atrás de adiamento, não sabe quando aquela história terminará e poderá por um ponto final no livro com a execução dos criminosos.
Mas por fim o dia chegou, para grande sofrimento do escritor, que, embora muito próximo de Smith, e aparentemente abalado, estava ainda mais obcecado com a conclusão da sua obra-prima “A Sangue Frio”.
Pelas informações que pude recolher, depois desse livro, Truman não conseguiu concluir outro trabalho, pois o estado em que viveu desde então foi o preço que teve que pagar para conseguir uma tão grande obra.
A não perder.
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